Independente da situação e do momento, a verdade sempre é a melhor opção para todos, tanto na vida pessoal quanto profissional. Claro que existem formas de falar a mesma coisa de forma mais sutil.
No entanto, por muito tempo se aprendeu que a verdade dói e, talvez por isso, muitas pessoas tenham dificuldades em falar abertamente e de forma espontânea o que está acontecendo e até mesmo o que está sentindo, preocupados em não machucar quem vai ouvir.
Se existe dificuldade em falar a verdade, maior ainda é o problema para quem ouve, porque cada um reage do seu jeito e, muitas vezes, essa reação é não boa.
Vivemos em tempos de constantes evoluções e de mentes abertas, e, em termos de liderança e gestão de pessoas, a comunicação precisa ser objetiva e transparente.
Essa é a proposta do Feedback Radical Candor.
Você já ouviu falar dele? Continue lendo nosso post e saiba o é que o Feedback Radical Candor e quando usá-lo.
O que é feedback?
A palavra feedback é de origem inglesa e pode significar resposta ou reação.
O feedback é muito utilizado em empresas e, geralmente, acontece quando é preciso avaliar o desempenho de alguma pessoa ou de uma equipe profissional.
Ele mostra os pontos negativos e positivos da tarefa desenvolvida, ou até mesmo do comportamento de alguma pessoa diante de alguma atividade.
Por muito tempo, líderes se preocuparam em como falar para os colaboradores sem causar mágoas ou desconforto a quem quer que fosse.
Toda essa teoria cai por terra no Feedback Radical Candor.
O que é Feedback Radical Candor?
Feedback Radical Candor quer dizer “franqueza ou sinceridade radical”, isso vale para as conversas entre companheiros de trabalho, entre líder e colaborador, e vice-versa.
Qual seria sua reação se, no final de uma apresentação profissional para alguns companheiros de trabalho, alguém lhe dissesse que você pareceu burro?
Parece bem pesado, mas, foi exatamente essa situação que fez surgir esse tipo de feedback.
Sinceridade de amiga
Kim Scott, ex-colaboradora do Google, participou de uma reunião em que estavam presentes Larry Page e Sergey Brin, co-fundadores da empresa, além de Eric Schmidt e sua amiga pessoal Sheryl Sandberg.
Na época, Sheryl era colaboradora do Google, hoje ela é a COO do Facebook. Já Kim trabalhava como diretora de divisão de AdSense.
A reunião transcorreu dentro da normalidade e para Kim Scott seu desempenho tinha sido bom, até receber um feedback da amiga.
Sheryl disse à amiga que ela havia usado muito o vício de linguagem “hummm” durante a reunião, o que, de início, Kim não achou nada de anormal.
No entanto, Sheryl complementa dizendo para Kim que pronunciar “hummm” a cada três palavras faz com que ela pareça burra.
Essa verdade, a princípio, pode ser cruel, mas, foi o ponto de partida para Kim refletir sobre a situação e seu comportamento.
Ela refletiu também do porquê, em 15 anos de carreira, nunca ninguém lhe ter dito algo sobre isso.
O fato levou-a a escrever o livro que se tornou sucesso: Radical Candor – Be a Kick-Ass Boss Without Losing Your Humanity.
No livro, Kim Scott divulgou a metodologia baseada na franqueza radical. Hoje ela dá palestras sobre o assunto.
Essa metodologia, orientada pela autora, está sendo muito usada por várias empresas e líderes de sucesso.
Como usar o Feedback Radical Candor na sua empresa?
Para que a metodologia do feedback radical alcance seus objetivos dentro da empresa, é preciso primeiro mudar conceitos e insistir na sua prática.
Para isso, é preciso:
Não focar na pessoa
Tudo que for falado não deve ser focado na pessoa e, sim, nas atitudes e comportamentos dela diante de um coletivo.
Lembrando o fato que aconteceu com Kim: a amiga disse que o fato dela pronunciar várias vezes ‘hummm” fazia ela parecer burra.
Mas, em momento algum ela foi chamada de burra.
Não levar para o lado pessoal
Da mesma forma que não se deve focar na pessoa, o feedback também não pode ser levado para o lado pessoal.
Para receber um feedback é preciso sempre estar desarmado e deve-se levar em conta que tudo o que for dito é para o engrandecimento pessoal de cada um ou de um coletivo.
Usar a empatia
Por falta de hábito, algumas pessoas, no início da prática, podem se sentir agredidas e poderão reagir de forma inesperada.
Outras pessoas poderão cair em prantos e, nessa hora, compete ao líder e aos demais companheiros usarem da empatia, respeitando a atitude de cada um.
O importante é criar um ambiente respeitoso e fraterno e esperar o tempo de cada um, afinal, para muitos de nós a verdade ainda dói e a dor do outro deve ser respeitada, assim como a nossa.
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